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Física e Química no Enem: confira dicas de assuntos mais pedidos

Tatiana Notaro
Tatiana Notaro
Publicado em 06/01/2021 às 9:00
Prova do Enem | Foto: Leo Motta/JC Imagem
Prova do Enem | Foto: Leo Motta/JC Imagem FOTO: Prova do Enem | Foto: Leo Motta/JC Imagem

Física e Química estarão na prova de Ciências da Natureza do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que será aplicada no domingo, 24 de janeiro. São 45 questões, juntamente com Biologia, que cobram não apenas o conhecimento das disciplinas, mas a compreensão da aplicabilidade de cada conhecimento no dia a dia. Agora é hora de paz, tranquilidade e algumas revisões de última hora.

Sendo assim, Professores do Colégio GGE, Carlos Japwwa (Física) e Fábio Costa (Química) reforçam que o fera pode seguir fazendo exercícios anteriores, com foco nos assuntos mais recorrentes do Enem – veja infográfico abaixo.

“O aluno deve valorizar o que a estatística dos anos mostra”, diz Japwwa. “Nesta reta final, uma das técnicas é fazer exercícios, focando nos assuntos que mais caem. Assim, o aluno se torna mais competitivo”, continua o professor.

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“O nível da prova ter aumentado foi bom. O aluno começou a se dedicar mais à disciplina de Química”, acrescenta Costa, reforçando que o Enem relaciona os assuntos ao cotidiano, e é aí que está o desafio. “Quando o aluno vê essa aplicabilidade entre o que ele estudou e o que está vendo na prova, funciona”.

Desta forma, o professor de química do GGE concorda que é preciso dar atenção aos assuntos recorrentes e à resolução de questões. “Revisão, agora, só em cima de exercícios. Tentar abarcar a teoria vai angustiar o candidato. Treine também as conexões entre o que é estudado com as demais disciplinas”.

A prova de química será aplicada no segundo dia do Enem | Foto: Public Domain Pictures

Alertas e críticas

Japwwa não está no grupo de entusiastas do formato do Enem - pelo menos da forma como é cobrada a Física. “O tipo de construção do texto, na prova, leva o aluno ao erro. Dizia-se que o Enem ia acabar com cascas de banana, mas virou um bananal, pois existe muita interpretação de texto. Além disso, a abordagem é superficial, embora algumas questões de cunho teórico mais avançado tenham sido abordadas”, analisa.

Ele pondera ainda que há questões longas demais, o que torna inviável a relação “número de questões” versus “tempo de execução da prova”. “Certa vez caiu uma questão sobre Lei de Fourier que exigiu tempo demais do aluno. Considero que a prova é desonesta. É preciso que ela seja mais humana, mais possível”, diz Japwwa. Costa concorda e diz que as questões de Química são difíceis para a média dos alunos. “São 45 questões, cada uma teria 3,5 minutos para ser respondida”, calcula o professor de física do Colégio GGE.

Costa diz ainda que o Enem perdeu a identidade, a proposta inicial. “Inicialmente, o Enem era um processo avaliativo para o aluno que saía do Ensino Médio. Em seguida, passou a ser um processo seletivo para ingresso no ensino superior, e foi quando perdeu sua essência”, diz o professor, relembrando que, há dois ou três anos, a então presidente do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), Maria Inês Fini, pretendia retomar a essência do exame.

“O estudante, ao pegar a prova, na teoria, não deveria saber que questão cabe a cada disciplina. Se o Enem fizesse uma prova como ele se propôs, no início, a gente perguntaria: ‘é física, química ou biologia?’, mas não saberíamos. Hoje em dia, não há dificuldade para identificar. O Enem se tornou um ‘vestibularzão’, ficou mais conteudístico. Considero que este modelo seria um ‘novo Enem’ - que de novo não tem nada”.