O ano de 2018 é bastante simbólico para a educação nacional pois marca as duas décadas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Há 20 anos, em 30 de agosto de 1998, 115 mil estudantes de todo o País participaram da primeira prova que hoje representa a maior porta de entrada para o Ensino Superior no Brasil - e que reuniu, na edição passada, mais de 7 milhões de pessoas. Muita coisa mudou ao longo desse tempo! Hoje, 15 de setembro, o cronômetro da contagem regressiva marca os 50 dias para o Enem e decidimos relembrar um pouco a evolução do exame.
Em 1998, o Enem foi criado para ser uma avaliação individual dos alunos do primeiro, segundo e terceiro ano, função que exerceu por um bom tempo até ser integralmente adotado pelas universidades pública como forma de ingresso. Mas, já em 1999, A PUC-RJ e a Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) foram as duas primeiras instituições de ensino a permitirem aos estudantes que usassem de suas notas do exame como um dos critérios de entrada.
Em 2000, a prova se operacionaliza para atender pessoas com necessidades especiais, passando a oferecer prova em braile, prova ampliada, auxílio para leitura e transcrição e tradutor/intérprete em Libras. Três anos depois, o resultado individual do Enem passa a ser critério de participação dos candidatos a bolsas de estudo integral ou parcial em cursos de graduação de instituições privadas por meio do Programa Universidade para Todos (ProUni), lançado naquele ano.
Grande transformações
Quando o Enem completou 11 anos, ele passou por mudanças estruturais. Foi em 2009 que o Sistema de Seleção Unificada (Sisu) foi criado e a Matriz de Referência da prova passou a se dividida em quatro grandes áreas: Ciência Humanas e suas Tecnologias; Ciências da Natureza e suas Tecnologias; Matemática e suas Tecnologias; Linguagens, Códigos e suas Tecnologias. Assim, com 180 questões objetivas, além da redação. A aplicação que antes era em um domingo passa a ocupar o sábado e o domingo.
Foi também em 2009 que o Enem passou a ser usado para certificação de conclusão do Ensino Médio, com o mínimo de 400 pontos em cada área e 500 pontos na redação, característica que foi anulada apenas no ano passado. Em 2013, a nota da prova é, pela primeira vez, critério de seleção para entrar em todas as instituições federais de ensino superior e à concessão de bolsas de estudos do programa Ciência sem Fronteiras. E, desde o ano passado, uma consulta pública revelou que os estudantes preferiam que as provas fossem aplicadas em dois domingo ao invés de continuar ocorrendo em um único fim de semana.
É interessante analisar também como a evolução do Enem foram acompanhando as mudanças da própria sociedade brasileira, das reivindicações populares por mais acessibilidade, maior acesso às universidades e uma forma mais crítica de ser ler o mundo.
Você sabia da história do Enem? São 20 anos muito bem vividos e repletos de transformações!
