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Bolsonaro diz que quer ter acesso ao Enem antes do dia da prova

Valentine Herold
Valentine Herold
Publicado em 27/11/2018 às 15:07
Foto: José Cruz/ Agência Brasil
Foto: José Cruz/ Agência Brasil FOTO: Foto: José Cruz/ Agência Brasil

O ministro da Educação, Rossieli Soares, disse, nesta terça-feira (27), que procedimentos de segurança do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) terão que ser revistos caso o presidente eleito Jair Bolsonaro queira ter acesso ao exame antes dele ser aplicado. “Se o presidente eleito vai ou não vai ver a prova, caberá a eles, a partir de 1º de janeiro, entender qual o modelo de gestão [que adotarão]”.

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“Nós entendemos, inclusive por questão segurança das próprias autoridades, que cabe às equipes do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) fazerem a gestão da prova. Na nossa gestão, eu não olhei, e pelo que sei, outros ministros também não olharam. Falo de ministros, não falo nem de presidentes, que também não olharam a prova”, enfatizou Soares.

O ministro explicou que a prova, após elaborada, fica em uma sala-cofre e só deixa o local para ser levada para a gráfica, escoltada por policiais federais. “Existe um processo, um procedimento, que precisará ser revisto para que isso [Bolsonaro veja o exame] aconteça, mas caberá a eles a partir de 1º de janeiro”.

Após a aplicação do Enem 2018, Bolsonaro fez críticas ao exame. Ele disse que, ao assumir o governo, não permitirá a inclusão de determinadas questões no exame nacional.

De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, o ministro indicado para a pasta da Educação de Bolsonaro, Ricardo Vélez-Rodríguez, disse, na última segunda-feira (26), que não impedirá o presidente eleito de atestar a qualidade das provas, pois, segundo ele, é bom que o presidente se interesse pelo exame.

Da Agência Brasil