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O que saber antes de cursar Ciência da Computação

Valentine Herold
Valentine Herold
Publicado em 09/01/2019 às 12:02
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Inteligência artificial, software livre, bancos de dados, algoritmos. Quem nunca ouviu falar em algum desses termos? São expressões que estão ligadas ao universo da tecnologia e que vêm, cada vez mais, tomando conta do nosso dia a dia. Se você se interessa por esses temas e ainda está em dúvida em que profissão seguir, que tal conhecer um pouco mais sobre o curso de Ciência da Computação?

Ao contrário do que muitos pensam, a graduação em Ciência da Computação não é das mais recentes, mas ganhou mais popularidade nos últimos anos no Brasil e no mundo devido aos avanços tecnológicos. E não foi só a procura que aumentou: a demanda no mercado de trabalho ainda é grande, às vezes até maior que o número de profissionais atuantes.

Segundo o professor e coordenador de Ciência da Computação do Instituto Pernambucano de Ensino Superior, Ipesu, Fabio Botelho, o curso – que possui duração de 4 anos - abre muitos horizontes no mercado de trabalho e possibilita com que o aluno atue em áreas diversas, como análise e desenvolvimento de sistemas, redes de computadores, computação gráfica, engenharia de software, blockchains, além das já citadas no primeiro parágrafo.

“A profissão é muito dinâmica”, pontua o docente. “Mas isso também exige uma constante atualização e estudo por parte do aluno. As mudanças que são próprias do campo da tecnologia levam o estudante a estar sempre se especializando.”

Diálogo com o mercado de trabalho

Uma das mais marcantes características do curso de Ciência da Computação é o constante diálogo entre a academia e o mercado de trabalho, o equilíbrio entre teoria e prática. Logo nos primeiros períodos, os estudantes entram em contato com assuntos ligados ao desenvolvimento de aplicações para web, por exemplo.

Os professores também são referências para os alunos que desejam saber mais sobre o mercado e as formas como poderão atuar saindo da universidade. O próprio Fabio, além de lecionar no Ipesu há 14 anos, também atua na gestão de T.I da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), no Recife.

“Temos professores que participam em projetos de desenvolvimento de software junto à Petrobras e Embrapa, ambas empresas públicas federais. Além de professores que são empresários e que participaram do projeto de cabeamento estruturado da arena Pernambuco, outros que atuam na gestão de T.I na Secretaria de Defesa Social (SDS) do Estado”, explica o coordenador.

É interessante perceber que o crescimento da área de tecnologia e, consequentemente, do número de vagas para os profissionais da área, vai na contramão da crise econômica que afeta setores distintos da sociedade. Além de órgãos públicos, o estudante de Ciência da Computação poderá trabalhar em indústrias, empresas privadas e como pesquisador. Um curso, portanto, que oferece possibilidades amplas e heterogêneas em um mercado em ascensão.