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Dedicação, calma e boa estrutura: segredo do sucesso nos vestibulares

Valentine Herold
Valentine Herold
Publicado em 15/02/2019 às 15:57
Maria Gabriela Lima de Carvalho - Licenciatura em Dança - UFPE 1º lugar 2
Maria Gabriela Lima de Carvalho - Licenciatura em Dança - UFPE 1º lugar 2 FOTO: Maria Gabriela Lima de Carvalho - Licenciatura em Dança - UFPE 1º lugar 2

Quando o desempenho do aluno durante a vida escolar se mostra excelente, a preparação para o Enem pode atingir outro patamar. Isso porque é natural que surja a expectativa de que esses estudantes alcancem as primeiras colocações entre os aprovados para os cursos escolhidos. Na rotina escolar desses adolescentes, destacam-se dedicação aos estudos, foco, frequência às aulas, bom nível de interesse e participação. Em comum entre eles também é determinante o fator psicológico na hora de fazer o teste. Todos esses pontos unem-se à estrutura oferecida pelas instituições de ensino que proporcionam as condições ideais para ótimos rendimentos no Enem e Sisu.

Ana Cristina Santos, coordenadora pedagógica do ensino médio do Colégio Marista São Luís, explica que é possível identificar o perfil de alunos que estarão nessa disputa pelas primeiras colocações no Enem. “Há uma relação estreita entre o desempenho dos estudantes ao longo do seu percurso escolar e os resultados do Enem. Estudantes que assistem às aulas com interesse, que têm uma rotina de estudo sistemática, que dedicam tempo para leituras, exercícios e questões relativas ao cotidiano escolar, serão, certamente, dentre outros, aqueles que terão sua aprovação”.

Pedro Branco, aluno do Marista São Luís e aprovado em medicina em duas instituições da rede pública (em sétimo lugar na UFPE, pelo Sisu, e em segundo na UPE, pelo SSA), reflete essa avaliação. “Sempre tive bom desempenho na escola, tanto que resvalou em mim uma certa pressão, já que sempre fui cogitado para conseguir o melhor resultado possível. Acho que a colocação condiz com o meu esforço e com os conhecimentos adquiridos. Não chegou a me surpreender, nem foi nenhum primeiro lugar, mas o que importa, para mim, é ter conquistado essas vagas”.

Maria Gabriela, também aluna do Marista São Luís, passou em primeiro lugar em licenciatura em dança na UFPE, seleção que conta com prova prática, e primeiro em ciências sociais pelo Sisu. Por ter como foco principal a vaga em dança, ela deu prioridade às práticas e precisou dividir o tempo com as aulas do Conservatório Pernambucano de Música. A rotina de estudos em sala de aula tinha importância maior, assim como o fator psicológico.

“Todo mundo sabe que no Ensino Médio existe uma pressão social muito grande para o ingresso na faculdade e a gente é muito novo para passar por tudo isso. Mas eu tive o grande privilégio de não enfrentar isso dentro de casa. Minha mãe, como professora, ajudou muito em relação a isso. Vi muita gente ficar doente com distúrbio de ansiedade nesse período e acho essencial preservar nossa saúde mental”, acredita Maria Gabriela.

Entre fatores que podem interferir na tranquilidade dos alunos, a estrutura oferecida pela escola aparece como um dos mais importantes. O planejamento de atividades pode proporcionar vivências que ajudam nesse processo. Ana Cristina enumera pontos que colaboram para os resultados de destaque no Enem dos alunos do Marista São Luís. “Como instituição pertencente a uma rede, desenvolvemos ações estratégicas, quer interna ou externamente. Temos simulados nos modelos Enem e SSA, aulas temáticas interdisciplinares, Intensivão Marista Enem, enfatizando a resolução de questões, e oficinas de textos, objetivando desenvolver as competências explicitadas na matriz do Enem para redação”, pontua.

Pedro Branco concorda. “A estrutura do colégio, sem dúvida, ajudou bastante, como parte importante da metodologia de ensino. Salas que disponibilizam mídias digitais, que tornam a aula mais fluida, laboratórios para execução de experiências integrando a teoria à prática. Tudo isso colaborou bastante”.