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Boa alimentação rima com boas notas

Valentine Herold
Valentine Herold
Publicado em 07/03/2019 às 16:46
Boa alimentação rima com boas notas FOTO:

Vários fatores influenciam no bom desempenho escolar de um aluno. Desde questões mais amplas, como a estrutura familiar e da escola; a outras mais específicas, a exemplo dos cuidados com a visão, podem ser decisivas para o melhor aproveitamento em sala de aula e fora dela. Neste panorama, um ponto que pode parecer óbvio para algumas pessoas, mas que às vezes acaba negligenciado por pais e mães, é a alimentação das crianças e adolescentes. A relação da nutrição com os resultados escolares é comprovada por pesquisas e merece atenção tanto de responsáveis, em casa, como dos gestores da instituição de ensino.

Já se sabe que alguns nutrientes podem influenciar diretamente e indiretamente nos estudos. Renata Freire, professora de Educação Nutricional e consultora de qualidade da rede Appetite, responsável pelas cantinas das unidades do Colégio GGE, explica que o ômega-3, por exemplo, é essencial para manter a atividade cerebral, a transmissão de impulsos nervosos e o desenvolvimento normal dos tecidos do cérebro. Ela lembra ainda que há alimentos que turbinam a concentração, como chás (chá verde, branco e o de canela), e até mesmo o chocolate (aquele com teor mínimo de cacau a partir de 70%). Consumidos com cuidado e sob orientação profissional, eles podem ser de grande ajuda.

Renata Freire assina o e-book Dicas de Alimentação para cada fase de seu filho, publicado pelo GGE, recheado de informações úteis sobre o tema e disponível para todos. O download é gratuito, basta acessar aqui . Segundo ela, é preciso ficar de olho nos micronutrientes. “Eles auxiliarão em todo o processo de crescimento e também na parte cognitiva e motora, e estão representados nas vitaminas do complexo B, com ênfase na tiamina (B1), que possui estrita relação com o sistema neuromuscular e circulatório. A vitamina D também tem ação importante por atuar na homeostase do cálcio e para o desenvolvimento do esqueleto de forma saudável, além de atuar no intestino, rins e glândulas paratireoides”, explica.

O e-book apresenta ainda dicas de lanches saudáveis, que garantem uma dieta balanceada para os estudantes, sem perder a parte divertida da refeição dos intervalos. Pode parecer pouca coisa, mas esse lanche corresponde a até 15% de todo o valor nutricional da criança e do adolescente. Por isso, todo cuidado é pouco. Nas cantinas do GGE, as opções à venda são definidas de acordo com a fase de cada turma. Os cardápios incluem itens regionais, como cuscuz e tapioca, associados a versões saudáveis de coxinha e brownie, por exemplo, que levam tubérculos entre os ingredientes. Lanches rápidos e até uma variedade de saladas completam o leque oferecido aos alunos.

A seleção do cardápio por faixa etária é importante porque os hábitos mudam, segundo Anabelle Veloso, gestora pedagógica da Educação Infantil e Ensino Fundamental 1 do GGE. Também por isso, as ações de incentivo para estimular uma alimentação saudável vão além da cantina e chegam até a sala de aula. “Na educação infantil, as crianças têm aula semanalmente de educação nutricional. Além de aprenderem sobre o que é e sobre o que não é saudável, elas provam novos alimentos. Eles também cultivam a horta e degustam desse cultivo”.

Para os mais velhos, as iniciativas sofrem adaptações. “No Fundamental 1, quando alguns gostos e hábitos são estabelecidos, às vezes, encontramos certa resistência para o alimento saudável. Então, as estratégias são variadas. Semanalmente, eles participam do lanche saudável coletivo. A professora divide o que cada colega precisa trazer para participar do lanche. Durante a refeição, eles acabam incentivando que os colegas degustem o que cada um trouxe, além de se sentirem motivados a comer porque outros colegas estão comendo também”, conta Anabelle.

“Não sabe por onde começar? Que tal por uma sobremesa mais criativa? Um bolo com frutas? Uma refeição simples, mas que chame a atenção e desperte a curiosidade? Confira o e-book com essas e outras dicas que podem te ajudar a melhorar a alimentação de seu filho”, destaca Renata Freire.