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Orientação profissional equilibra informações e experiências com visão de carreiras a longo prazo 

Tatiana Notaro
Tatiana Notaro
Publicado em 06/09/2019 às 12:00
escolhas profissionais FOTO:

No Colégio Marista São Luís, a orientação profissional é um projeto contínuo que ganha reforço durante os três anos do Ensino Médio. A reta final é carregada de responsabilidades e de decisões e toda a equipe pedagógica está apta a oferecer as orientações necessárias para que os estudantes façam suas escolhas e alcancem suas metas.

A psicóloga Daniella Menezes, orientadora educacional das turmas do 9° ano do Ensino Fundamental e do 1° ano do Ensino Médio, diz que toda a escola participa da Feira de Profissões, cuja edição deste ano acontece no próximo dia 24 de setembro. “É a oportunidade dos alunos terem o contato direto com profissionais”, comenta, sobre o evento que reúne 25 especialistas para palestras sobre profissões, cada um na sua área. “A conversa é sobre os cursos, sobre mercado de trabalho, sobre possibilidades de especialização. Enfim, sobre as tendências”, detalha.

Orientadora educacional Daniella Menezes: às vezes, a "certeza" esconde a recusa para outras possibilidades. | Foto: Luiz Pessoa/JC360

O trabalho de orientação profissional desenvolvido no Marista São Luís inclui ainda rodas de conversas, que são momentos informais de escuta com profissionais de áreas que mais interessam aos jovens. Se há expectativas, dúvidas, sonhos, um pouco de tudo é falado nesse bate-papo - o que é bom em cada ofício, mas também o que pode ser ruim.

“A gente já falou sobre a perspectiva do cuidado nas profissões da área de saúde, por exemplo. Fala-se sobre salários, das mais simples à mais complexa perguntas são respondidas. Consideramos este contato importante porque é a forma de eles conhecerem o dia a dia”. Outra etapa é a de conversas individuais ou em pequenos grupos. Tudo é pensado para desatar dúvidas e ajudar nas escolhas.

Segundo Daniella, o Marista São Luís se preocupa em auxiliar os jovens a ter uma visão ampla sobre suas escolhas. Não basta acreditar que tal profissão trará retorno financeiro, mas buscar que ela também traga satisfação pessoal e possa estar afinada com o seu lugar no mundo. “Isso requer uma reflexão mais ampla”, completa a psicóloga. “Lidamos com grandes dúvidas e elas existem também pelo excesso de informação e de influências. Mas só ter essas informações sobre o curso não resolve, eles precisam se pensar nesse lugar profissional”.

Escolhas

Os alunos do Marista São Luís seguem a tendência que ainda permanece da escolha pelas profissões mais tradicionais - Medicina, Direito e Engenharias - e Daniella acrescenta que há, nessa escolha, a “valorização social dessas três figuras”.

“Sabemos que muitos buscam ser médicos, advogados, engenheiros, mas nosso compromisso está além de ofertar informações, a gente oferece um direcionamento. Muitas vezes, quando ouvimos um ‘eu só quero Medicina’, não é uma decisão, simplesmente, mas o fechamento para outras possibilidades. Outro viés muito comum é a escolha por carreiras ligadas à tecnologia. Mas reforçamos que é tudo muito cíclico e eles precisam pensar no mercado em que entrarão, daqui a 4 ou 5 anos, pelo menos”.