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Mais que ajudar, profissional de Serviço Social batalha por acesso a direitos

Tatiana Notaro
Tatiana Notaro
Publicado em 19/09/2019 às 14:00
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Foi a partir de 2018 que o Centro Universitário Tiradentes (Unit Pernambuco) passou a oferecer o curso de Serviço Social, a porta de entrada para uma profissão que tem a nobre missão de contribuir ao acesso das pessoas aos seus direitos constitucionais.

À frente do curso, a coordenadora Rizete Costa explica que o profissional de Serviço Social pode atuar em diversas frentes, como a área de saúde, em empresas, dedicar-se à docência, além de ter espaço previsto em Ministérios Públicos, no Poder Judiciário e em Organizações Não-Governamentais (ONGs).

“Aqui na Unit, temos o compromisso de formar profissionais críticos, reflexivos, que tenham a capacidade de enfrentar a realidade social, que sejam altamente propositivos e que tenham a capacidade de desenvolver projetos”, resume a coordenadora, que é mestre na área, formada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

 

Rizete Costa: à frente da coordenação para formar alunos críticos | Foto: Luiz Pessoa/JC360

 

Rizete lembra que a graduação em Serviço Social existe há mais de 80 anos: a primeira escola foi aberta em 1936. De lá para cá, enfrentou barreiras, inclusive internas, e se colocou como um formador de profissionais essenciais para uma sociedade que respeita seus cidadãos.

Um “assistente” que “ajuda”?

A coordenadora do curso da Unit explica que o aluno que ingressa no curso de Serviço Social vai mudando sua percepção acerca da própria escolha já nos primeiros contatos com as disciplinas que compõem a grade curricular.

A partir do 4° período, o estudante começa a ter acesso a oportunidades de estágio. “No entanto, no nosso curso, já a partir do 1° período, fazemos visitas a locais de atuação do assistente social. Colegas recebem nossos alunos, mostram como é o trabalho, para que eles comecem a construir essa identidade”.

“Não estamos aqui para ‘ajudar’. Muitos chegam dizendo isso: ‘fiz Serviço Social porque gosto de ajudar’. No entanto, somos profissionais que mediam acesso a direitos. Essa equivocada visão puramente filantrópica do Serviço Social foi rompida há mais de 40 anos”.