Este belo idioma que vos fala é dos mais complexos e o cerne de uma das provas mais importante do Enem. No exame, 40 questões são dedicadas à Língua Portuguesa, a especialidade da professora Mônica Soares, do Colégio Marista São Luís.
A professora explica que é fundamental explorar em sala a questão dos gêneros digitais: hipertextos, memes, IMVs. “É uma competência muito nova e muito explorada. São quatro questões, então faz muita diferença”, diz Mônica Soares.
“Uma coisa que gosto muito salientar é que é um mito é orientar o aluno que ele comece pelas questões mais fáceis. Como é que você sabe que uma questão é mais fácil? Depois que você faz a leitura. Se você lê e descobre que ela é difícil, o que se faz é passar para outra. Eu sugiro que ele faça a leitura das menores questões, comece por elas, vai economizar tempo”, recomenda.
Outro assunto abordado pela professora Mônica Soares é o “chute”, “inevitável em uma prova de linguagem por conta o tempo e do cansaço”. Mônica explica que o ideal é que o candidato faça o maior número possível de questões com consciência. “Porque se ele acerta uma questão difícil e erra uma fácil, ele perde esta”, relembra.
E a leitura?
Esta atual geração de estudantes lê? Segundo Mônica, sim, e muito. “Eles lêem mais, mas superficialmente. Lêem mais, mas lêem o que gostam”. Afirma Mônica que seus educandos devoram livros enormes de séries atuais, mas têm a contumaz resistência aos clássicos da Literatura.
SSA
Para a professora Mônica Soares, as provas do Sistema Seriado de Avaliação (SSA, da UPE) não exigem mais conhecimento gramatical, mas “investigam a análise linguística com mais cuidado” do que o Enem.
“O SSA quer saber que o aluno, para evitar a repetição da palavra ‘educação’, usou um ‘a’ pronome oblíquo. Esses elementos coesivos, essa forma de lidar com o texto, a gente chama de análise linguística”, ensina.