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Docência exige dedicação e realização de alunos é recompensa de professores

Tatiana Notaro
Tatiana Notaro
Publicado em 09/10/2019 às 14:14
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No processo de educar e aprender, os professores, suas contribuições, repertórios e lições podem ser fundamentais no destino dos alunos. Isso o professor do curso de Direito do Centro Universitário Tiradentes (Unit Pernambuco) e desembargador Sergio Torres sabe bem. Enveredou pela docência na mesma época em que entrou para a magistratura e seguiu com ambas, uma completando a outra. Foi inspirado e virou inspiração. “Decidi ser magistrado por causa de um professor que tive na graduação e, hoje, tenho mais de 200 ex-alunos que são juízes. Muitos já disseram que eu os inspirei”, diz o professor.

Para Torres, seus dois perfis profissionais se complementam. “Como professor, uma realização pessoal, estou sempre atualizado e isso reflete positivamente para a minha atuação como julgador. E minha atuação como desembargador ajuda muito na sala de aula, porque trago minha experiência prática. A tática que eu utilizo é a mistura de teoria com prática”, afirma. “Contribuir para a formação desse jovens e ver o aprimoramento deles é a maior retribuição que eu recebo como educador”.

Desembargador + professor: para Sergio Torres, funções se complementam | Foto: Luiz Pessoa/JC360

 

Formando profissionais

“É uma satisfação estar formando novos médicos, passando minha experiência, a vivência do dia a dia. Mas o que mais surpreende é receber agradecimento de alunos que me dizem o quanto fui importante para o crescimento profissional deles”, diz o recém-professor Rodrigo Canto, do curso de Medicina da Faculdade Integrada Tiradentes (Fits), do Grupo Tiradentes, localizada em Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife.

Cirurgião vascular, Rodrigo Canto começou na Fits juntamente com o curso de Medicina, no início deste ano, responsável pelas aulas de Análises Clínicas. Hoje, divide a docência com o trabalho de gestão na Secretaria de Saúde municipal de Jaboatão. “Neste semestre, estou participando da construção da disciplina de Habilidades Cirúrgicas”, comenta, entusiasmado sobre novos desafios.

Rodrigo Canto explica que é gratificante ajudar na construção de novas carreiras | Foto: Luiz Pessoa/JC360

Vivência de novos ares

Formada pela UFPE em 1987, a pediatra e mestre em Saúde da Criança e do Adolescente Cláudia Miranda aceitou o desafio de abraçar a docência e acrescentá-la à rotina como dirigente de um grande hospital da rede pública. Seu contato com o ensino vinha da experiência como preceptora da residência médica no Instituto Materno Infantil de Pernambuco (Imip), onde atuou por 10 anos - até ser convidada para integrar o quadro de docentes da Fits.

A disciplina Habilidades Clínicas passou a ocupar o terceiro turno da doutora Cláudia - é onde o estudante tem a oportunidade de aprender e aplicar conhecimento com múltiplos cenários de aprendizagem, com turmas reduzidas e um contato muito próximo com a professora. “O trabalho com grupos pequenos permite essa interação permanente, reforça a formação humanizada e o aluno terá condições de atuar como um promotor da saúde do ser humano”, resume.

Da nova rotina - e com a experiência de ensinar em uma Instituição Particular de Ensino Superior -, doutora Cláudia tira muitas lições. Além da renovação do próprio olhar sobre a profissão que escolheu há mais de três décadas, o contato com alunos que lutaram e lutam muito para perseguir o sonho de serem médicos. “Temos uma relação muito sintonizada e eles já chegam de uma saga que é o caminho até o ingresso em um curso de Medicina, que muitos vêm tentando há muito tempo. Por isso, chegam com muito desejo de aprender e um sentimento grande de realização”.

Diretora de hospital, dra Claudia incluiu a docência na rotina profissional | Foto: Luiz Pessoa/JC360