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No Enem, Matemática deixa de lado linguagem teórica e conquista alunos

Tatiana Notaro
Tatiana Notaro
Publicado em 18/10/2019 às 12:00
JAIRO TEIXEIRA FOTO:

Conteúdo de dia a dia, que faz parte da rotina de todos nós, a Matemática carrega o estereótipo de ser a carrasca da vida escolar de muita gente. Um carma histórico que foi se dissolvendo ao longo do anos, quando o Enem passou a trazer aplicabilidade prática ao que antes era apenas uma montanha de números e fórmulas. A Matemática vem conquistando afinidades? É o que garante o professor (e engenheiro civil) Jairo Teixeira, do Colégio Marista São Luís, no alto de suas mais de duas décadas de docência.

Com formação em Engenharia e pós-graduação em Metodologia de ensino da Matemática, Jairo tem repertório para defender o Enem e ser um entusiasta do formato da prova, que consegue colocar a disciplina por meios práticos, do dia a dia. 

“Problemas contextualizados e menos peso na parte da linguagem, teórica, acadêmica. A aplicabilidade atrai mais o aluno. Hoje, noto meus estudantes mais interessados pela Matemática”, atesta, reforçando que essa metodologia é o que baliza a sala de aula. As linguagens mais técnicas, defende Jairo, devem ficar para quem decidir seguir na área.

Vamos treinando

Oras, estamos falando de uma prova que exige muito dos alunos. “A Matemática é muito importante para o Enem, tanto que é ‘sozinha’. Você tem as áreas de Linguagens, Humanas, Natureza e Matemática - com suas 45 questões, só dela”. Então, amigo(a), treinar é fundamental.

Jairo diz que até permite que seus educandos usem calculadora quando estão aprendendo algum conteúdo novo, mas uma vez absorvido, a prática tem que seguir sem a ajuda. Outra dica de ouro é: refaça provas anteriores, assim você se ambienta ao nível de exigência do Enem

Em sala, o professor faz “simuladinhos” quase que diariamente, após passar o conteúdo, para ensinar a “selecionar” quais questões merecem sua dedicação. “É quase impossível fazer todas as questões de Matemática do Enem, então, em algum momento da prova, eles vão ter que escolher, e se não treinarem isso em sala, não vão ter a segurança para fazer na prova”.

Já o SSA…

Se Jairo é um fã do Enem por um lado, por outro, fica meio cabreiro com o tradicionalismo da prova do Sistema de Seleção Seriado (SSA, da UPE). “É completamente técnico e frio”, arremata. Assim como outros professores já disseram ao Blog do Enem, Jairo Teixeira acha que a prova do SSA tem muitas falhas e erros que levam à anulação de questões.

“Enquanto o Enem coloca uma questão que diz que uma lanchonete vende um sanduíche a R$ 5, e tem a expectativa de vender 200 sanduíches por dia, e observa que a cada R$ 0,10 que ela der de desconto, vai aumentar a venda em 10 sanduíches, e assim por diante, o SSA escreve: ‘qual o valor máximo dessa função?’. É praticamente o mesmo conteúdo, mas uma é muito mais palpável e atrativa e outra é o formato que faz as pessoas não gostarem de Matemática”.