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Aprender fazendo: metodologia ativa é caminho de sucesso na Unit

Tatiana Notaro
Tatiana Notaro
Publicado em 21/10/2019 às 14:00
Rubén Gonzalez/ Pixabay FOTO:

Quando está diante de um paciente, o profissional de saúde precisa vê-lo como uma pessoa por completo, não apenas como uma doença a ser tratada. A humanização da conduta é ensinada ainda durante a formação, nas universidades, quando a teoria de sala de aula é alinhada com atividades práticas, com a metodologia ativa, e com o início da lida com pessoas, em consultório. Busca-se, assim, a construção de um profissional completo do ponto de vista técnico e humano.

Coordenador do curso de Odontologia do Centro Universitário Tiradentes (Unit), Adelmo Aragão tem quase 10 anos de docência e percebe que o único entrave dos alunos ao iniciar atividades clínicas é a insegurança, mas defende que o contato com o paciente é indispensável. “O paciente não pode ser visto apenas como uma boca, um dente a ser tratado. Ele sente dor, tem história, e formamos profissionais que sejam capazes de analisar aquela pessoa por completo”, diz.

Aragão explica que, no curso de Odontologia da Unit, a teoria é vista na prática desde o início, com aulas em laboratórios como os de anatomia, imunologia e biologia. A partir do 4° período, os alunos iniciam atividades da clínica-escola, supervisionados por professores, com atendimento a pessoas e estudos de caso.

Graziella Roque é uma das alunas da Unit, cursa o 7° período de Odontologia e diz que o contato com o paciente é fundamental para a sua formação humana enquanto profissional. “A partir do 4° período, a gente começa a ir pra clínica-escola da faculdade, é quando começamos a ter contato com pacientes, a ver os pacientes de forma geral. A partir do 5° período, começamos a atender. A Unit é muito dinâmica, os professores são muito interessados, ficam ao nosso lado. Antes da [atividade] clínica, todos os protocolos são passados em sala de aula”, explica a aluna. “Estamos em uma faculdade de Odontologia, mas o paciente não é só uma boca, um dente. A gente o vê como um todo”, diz, repetindo as lições de sala de aula.

Metodologia ativa

Particularmente, Graziella gosta das áreas de Endodontia (que cuida das estruturas internas do dente e faz tratamentos como o de canal) e Dentística (odontologia estética). “Alguém que perde um dente sente vergonha, isso diminui até suas relações sociais. Poder reabilitar essa pessoa é muito bom”, diz.

Graziella conta que as atividades clínicas começaram após aulas teóricas. “Os professores dão a teoria de uma forma muito dinâmica, com casos do dia a dia deles. Uma coisa é aprender mexendo em cadáveres ou em macromodelos. Outra é estar com um paciente, que sente dor e tem suas limitações. São coisas que trabalham juntas. A partir disso que a gente vai sair preparado com o mercado de trabalho”.