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SSA e Enem: perfis diferentes para a prova de Física

Tatiana Notaro
Tatiana Notaro
Publicado em 04/11/2019 às 15:42
RODRIGO CUNHA FOTO:

Uma cobra demais; a outra, de menos. Essa é a opinião do professor de Física do Colégio Marista São Luís, o físico Rodrigo Cunha, que soma 20 anos de sala de aula, sobre as provas do Enem e do SSA3, o processo seletivo da Universidade de Pernambuco (UPE). De olho nas provas de Exatas do próximo domingo (10), ele é o convidado de hoje do Blog do Enem.

Para Cunha, um aluno de Exatas, principalmente aqueles que se preparam para ingressar em um dos cursos de Engenharia, não é testado à altura. Para candidatos de outras áreas, a prova é boa: “bem feita e adequada, porque não é muito exigente”. “Para um aluno de Exatas, é necessário estudar de de forma mais aprofundada, resolvendo problemas com uma matemática mais avançada, porque é isso que ele vai ver no curso”, afirma o professor.

Já o SSA, que tem provas marcadas para os dias 17 e 18 de novembro, a exigência é maior. Ainda assim, ela “extrapola” também pelo desequilíbrio, na opinião de Rodrigo Cunha. “Em Física, por exemplo, a  prova da UPE tem a tendência de ir além, mas esta é também uma prova que é para todos. Ela se aproxima mais do perfil de seleção para a área de exatas”.

Aplicabilidade aproxima

Para Rodrigo Cunha, a relação dos alunos com a Física mudou ao longo dos anos porque a forma de ensinar mudou. “Os professores mudaram. A forma como eu aprendi é muito diferente do forma como eu ensino hoje. Era fora de contexto, eu não sabia para que estava aprendendo aquilo. Tinha pouca experimentação, não se fazia a relação da Física com outras matérias e com ela mesma. Era um ensino de repetição, repetido também nos vestibulares”, compara.