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PBL une teoria e prática com solução de problemas reais

Tatiana Notaro
Tatiana Notaro
Publicado em 07/11/2019 às 8:00
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A CESAR School, que oferece cursos de graduação em Ciências da Computação e Design, utiliza uma abordagem de aprendizagem e ensino conhecida como PBL (Problem Based Learning). Une o currículo acadêmico à Aprendizagem Baseada em Problemas, e os alunos têm uma grade curricular que os impulsiona ao desenvolvimento profissional e sócio emocional. Noutras palavras: a CESAR School forma pessoas aptas a lidar com a complexidade dos problemas em seus contextos reais.

Professora e consultora da CESAR School, Walquíria Castelo Branco explica que o PBL vem originalmente do Canadá, onde foi implantado em escolas de Medicina para resolver queixas do estudantes sobre a falta de prática no curso problemas significativos rotina da profissão. “Nossa opção pelo PBL está muito enraizada com o que a gente entende como é o ensino hoje e como entendemos que esse ensino será nas próximas décadas. Essa aprendizagem vai além do conhecimento técnico e trabalha competências para os estudantes lidarem com a sua constante reinvenção. Isto é muito maior do que conseguimos mensurar”, diz.

Os princípios do PBL são orientados para construir uma unidade entre a teoria e a prática, trabalhando situações-problema com perspectivas transdisciplinares, conhecimento, habilidade e atitude. “Não é de hoje que muitos teóricos apontam que essa é a melhor forma de você trabalhar com ensino e aprendizagem. Hoje, muito mais do que há 50, 60 anos, isso tem se tornado urgente, porque esse momento que a gente vive é de transformação digital muito acelerada. Isso nos coloca em uma exigência de nos reinventar profissionalmente a cada cinco, seis anos. É necessário que o estudante aprenda a aprender, identificar problemas, organizar-se coletivamente para solucioná-lo e, antes de tudo, ser um pesquisador capaz de fazer uso da criatividade e da imaginação".

Lívia Pastichi é aluna do 3° período de Design na CESAR School. Após uma graduação completa em Design de Moda e mais um ano e meio de Publicidade e Propaganda, Lívia não via perspectivas de longo prazo para sua atuação profissional. Faltava aplicabilidade, faltava gente. Foi aí que ela se encontrou no PBL e alinhavar teoria e prática começou a trazer sentido e futuro.

Depois de iniciar duas graduações, Lívia faz Design na CESAR School / Foto: Luiz Pessoa/JC360

Ela cita um trabalho feito na CESAR School com o Museu do Bacamarte, no município do Cabo de Santo Agostinho, Litoral Sul de Pernambuco. O objetivo: aumentar o engajamento do espaço. Problemas: por que não há esse engajamento? Por que as pessoas não conhecem o museu, se ele conta uma história enraizada à cultura local? A ideia: virtualizar o museu e torná-lo próximo do público, trazer a cultura do bacamarte para os jovens. “As crianças iam visitar com a escola e os mais velhos já conheciam a manifestação. A questão estava nesse público intermediário”, comenta Lívia.

Com esse projeto, a estudante começou a ver aplicabilidade prática para seus conhecimentos, para a bagagem que as graduações proporcionaram. “Ter o cliente e um projeto para desenvolver é muito bom. E a gente vem nesse sentido desde o início. No primeiro período, tive disciplinas de ‘Estudos do futuro’ e ‘Experiência do usuário’. E é incrível”.

A PBL é estratégica na CESAR School, é o que torna todo o sistema viável e competitivo. “Temos muito cuidado com a teoria, com professores atuantes no mercado e formamos com a perspectiva de desenvolvimento de soluções para problemas reais, problemas significativos”, acrescenta Walquíria.

Estudar sempre e para sempre

A professora Walquíria é um bom exemplo desse recírculo de aprendizado que todo profissional terá que buscar a partir de agora. Formada em Filosofia, ela é também graduada em Sistemas de Informação, fez doutorado em aplicação da tecnologia informática e dois pós-doutorados. O Lattes - e essa ideia de life long learning - serve para ilustrar não apenas a dedicação acadêmica, mas também outra vantagem do mercado de tecnologia: adaptável, ele aceita mais facilmente profissionais de mais idade e de várias profissões.

E por quê? A questão da idade se torna um mero detalhe quando se tem um mercado em busca de profissionais que aliem conhecimento técnico, competência e um traquejo sócio emocional.

“Está entre as competências do século 21: além das habilidades curriculares, a colaboração, o pensamento crítico, o ‘aprender a aprender’. Essa reinvenção periódica exige um amadurecimento e uma habilidade de negociação com pessoas que têm ideias diferentes das suas e estão em diferentes faixas de idade. As Escolas precisam se preparar para essa realidade: aprender o tempo tempo e ao longo de Toda a vida. A aprendizagem é a coisa mais séria a ser pensada em relação ao futuro”.

Foto: Luiz Pessoa/JC360