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Formação em Radiologia capacita profissional a muito mais que raio-X

Tatiana Notaro
Tatiana Notaro
Publicado em 26/11/2019 às 8:00
Radiologia
Radiologia FOTO: Radiologia

Em três anos, o estudante sai profissional e, com o diploma de Ensino Superior nas mãos, segue para um mercado que tem muitas possibilidades: esse é um dos muitos atrativos do curso de Radiologia oferecido há quase 10 anos pelo Centro Universitário Tiradentes (Unit Pernambuco). E como estamos falando de praticidade, os números mostram bem como é o setor: o salário médio para 24 horas de trabalho semanais é de R$ 2.800 por mês.

Radiologia foi a escolha da estudante Marília Guaraná, que cursa o 4° período na Unit Pernambuco. Já havia a vontade de seguir pela área de Saúde, mas existia também a dúvida entre a Radiologia e o curso de Farmácia. “Fiz muitas pesquisas e a Radiologia me chamou atenção por atuar no diagnóstico por imagem. Se aproxima da Enfermagem, pelo cuidado direto com o paciente, e da Medicina, porque nós dominamos a leitura do diagnóstico por imagem, auxiliando os médicos”, diz Marília.

Marília, sobre a opção pela radiologia: "escolhi por amor" | Foto: Hesíodo Góes/JC360

O perfil do aluno, segundo o coordenador do curso de Radiologia da Unit, Carlos Eduardo Júnior, é de pessoas que já conhecem ou atuam na área porque têm o técnico e querem se profissionalizar. “O mercado exige isso. O curso técnico é curto, tem 1 ano e oito meses”, explica o professor, que além de tecnólogo em Radiologia, tem graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e mestrado e doutorado em Tecnologias Energéticas e Nucleares pela Federal de Pernambuco (UFPE).

Marília foge um pouco desse perfil, diz que a vantagem da empregabilidade não chegou a pesar na sua escolha. “Escolhi por amor mesmo”, assegura. Após formada, Marília pretende fazer pós-graduação logo em seguida, pois já percebe que a exigência do mercado vai além do diploma. 

Direitos e proteção

É direito do profissional de Radiologia o adicional por insalubridade que, em alguns casos, pode chegar a 40% do salário. Segundo o professor, a carga horária de 24 horas semanais é referência para o empregador - que não pode demandar além do estabelecido do profissional -, mas não há impedimento para que o radiologista tenha mais de um emprego.

“É tudo muito seguro. O profissional trabalha protegido e assegurado. Ele trabalha, por exemplo, da sala de comando, protegida por material absorvedor de radiação. O ambiente é muito controlado”, garante o professor. Além disso, por causa do fator de insalubridade, o profissional de Radiologia pode requerer aposentadoria com 20 a 25 anos de contribuição previdenciária.

Professor Carlos Eduardo diz que mercado no Recife é convidativo para a área de Radiologia | Foto: Hesíodo Góes/JC360

Mercado no Recife

O professor Carlos Eduardo reforça que o Recife, como segundo maior pólo médico do País, tem muitas possibilidade de colocação para o profissional de Radiologia. “Há muitas clínicas aqui com serviços de tomografia computadorizada, ressonância magnética e radiologia intervencionista. A demanda por profissionais é grande. A população está envelhecendo e os exames de diagnóstico por imagens são cruciais”, assegura.

“As pessoas acham que o radiologista só faz raio-X e que é muito suscetível ao câncer. Hoje, eu sei que vai muito além do raio-X, tem muito cálculo. A área pela qual mais me interesso, de Proteção Radiológica, basicamente é só cálculo. A verdade é que existem muitas áreas de atuação e a probabilidade de desenvolvermos doenças relacionadas ao trabalho é mínima”, diz a universitária Marília, enfatizando que é justamente na área de Proteção Radiológica que se vê atuando no futuro - fazendo o controle de equipamentos e da segurança de profissionais, acompanhantes e pacientes.

O radiologista pode atuar na área de saúde, onde os postos são mais numerosos, mas há também ocupações na radiologia industrial - na parte de ensaios não destrutivos. “A área de ensino é também muito atrativa”, garante Carlos Eduardo.

Salário e carga horária foram decisivas para a escolha de Grasiele | Foto: Hesíodo Góes/JC360

Foi de olho nesse mercado que a Grasiele Gomes decidiu trocar Natal (RN) pelo Recife e o curso técnico pela graduação em Radiologia pela Unit, onde já cursa o 6° período. “A carga horária é muito atrativa. E o salário, quando correlacionado com a carga horária, é muito bom também”, comenta.

Ao contrário da colega, Grasiele pretende seguir o fluxo tradicional do curso. “Vou pela área da saúde, que é melhor, é onde tem mais campo de trabalho. Eu ainda não sei exatamente qual área vou seguir, mas com certeza farei uma pós-graduação na área da saúde”, conta. A estudante estagiou no Pronto-socorro Cardiológico de Pernambuco (Procape, da UPE), no raio-x. “Ainda falta a 2ª etapa do estágio, que será no mesmo hospital, mas na área de tomografia”.