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Olimpíadas de conhecimento viram ferramenta de seleção de universitários; USP e Unicamp já aderiram

Tatiana Notaro
Tatiana Notaro
Publicado em 06/01/2020 às 7:00
Reg. 505-15. Sala do CO e Sino. Vista da Sala do CO, Conselho Universitário, localizado no Prédio da Reitoria. 09/11/2015 Foto Marcos Santos/USP Imagens
Reg. 505-15. Sala do CO e Sino. Vista da Sala do CO, Conselho Universitário, localizado no Prédio da Reitoria. 09/11/2015 Foto Marcos Santos/USP Imagens FOTO: Reg. 505-15. Sala do CO e Sino. Vista da Sala do CO, Conselho Universitário, localizado no Prédio da Reitoria. 09/11/2015 Foto Marcos Santos/USP Imagens

As olimpíadas de conhecimentos são, por si só, ferramentas interessantes de aprendizado. Requerem mais que estudos, estimulam o trabalho em equipe, a busca por metas e outras formas de compreender e repassar o que é visto na escola. No Brasil, são cerca de 20 em diversas áreas e, a partir deste ano, passaram a abrir também as portas das universidades. Em Pernambuco, ainda não há seleções para vagas de ensino superior por essa modalidade.

Uma das primeiras a ver o potencial de estudantes medalhistas foi a Universidade de Campinas (Unicamp), no Sudeste do país. As chamadas "vagas olímpicas" começaram a ser oferecidas entre as modalidades de ingresso.

A instituição ofereceu 90 vagas em cursos que começam este ano para estudantes que se destacaram em olimpíadas como as de Matemática, Robótica e Química. Segundo informou a Unicamp, 285 candidatos-medalhistas se inscreveram, a maioria da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep). Ao final, 66 alunos foram convocados para ingressar na instituição.

Para a Unicamp, "atrair medalhistas ajuda a enriquecer e diversificar o ambiente acadêmico". Entre os aprovados, alunos de Roraima, Piauí, Ceará e Bahia, além de São Paulo. "Normalmente, um estudante do interior do Norte ou do Nordeste não pensaria em vir morar tão longe, daí a importância de programas dessa natureza", diz o coordenador do vestibular da Unicamp, José Alves de Freitas Neto.

Ainda em 2019, a Universidade de São Paulo (USP) entrou na mesma linha: abriu processo seletivo para quem participou de competições de conhecimento: dos 1.500 inscritos, 81 foram classificados.

Assim como a Unicamp, foi a primeira vez que a USP adotou esse modelo, quando foram oferecidas 113 vagas em 60 cursos de graduação da Universidade. A maioria das vagas estava vinculada a cursos de ciências exatas e engenharias, mas também havia opções em cursos na área de humanas, como Gestão de Políticas Públicas e Design, e de saúde, como Farmácia, Ciências Biológicas e Ciências Biomédicas.