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Inspiração e mentoria do CESAR transformam ideias em negócios

Tatiana Notaro
Tatiana Notaro
Publicado em 23/01/2020 às 9:42
Foto: Hesíodo Góes/JC360
Foto: Hesíodo Góes/JC360 FOTO: Foto: Hesíodo Góes/JC360

Não adianta ficar na teoria sem partir para a prática e para o CESAR e a CESAR School não adianta colocar a mão na massa se não for para resolver um problema, inovar em um processo ou melhorar uma experiência. O mote é fazer ideias virarem negócios, fazer de empresas e seus desafios reais um case em sala de aula.

A Hanggo era um armário em um dos andares de um dos prédios anexos do CESAR; a Neurotech, no início dos anos 2000, uma startup dentro do Porto Digital. Uma virou um negócio sustentável; a outra, uma empresa de ponta em seu segmento.

À frente da Hangoo está Josete Mendonça, ex-funcionária do CESAR Labs que cuidava da aceleração de empresas. Fez isso por mais de 10 anos. Certa vez, em um intercâmbio nos Estados Unidos, Josete percebeu que para compreender melhor a metodologia aplicada às empresas aceleradas, era necessário também empreender. Sentir na pele. E foi quando ela observou um problema que, dois anos depois, virou negócio.

Ao virar negócio, Hanggo desenvolveu um espaço específico de autoatendimento / Foto: Hesíodo Góes/JC360

Josete percebeu que, como funcionária, tinha horário de chegar e de sair, ao contrário dos empreendedores com quem trabalhava, que muitas vezes estendiam o expediente noite adentro por terem atribuições que só eles poderiam resolver. E eles diziam que ficavam com fome durante o serão. Josete viu no problema uma solução e passou a disponibilizar lanches no melhor estilo “conto com sua honestidade”. Ninguém cuidava do dinheiro: o esquema era pegar o produto, colocar o dinheiro na gaveta e só.

“Muita gente achou que não daria certo; muita gente se prontificou em ajudar. Eu nunca pensei na ‘cantina colaborativa’ como um negócio, só queria melhorar a experiência daqueles empreendedores que passavam da hora e ficavam com fome”, conta Josete. Ela até percebia que o pessoal de outros andares vinha ao seu departamento atrás do lanche, mas nem pensava em seguir adiante com a ideia, muito menos em expandi-la.

Só quando o CESAR Labs voltou para o prédio central do CESAR que Josete viu que precisaria aumentar a quantidade de mercadorias, pois o armário e o frigobar não dariam conta. “Foi quando pensei que poderia ser mesmo um negócio”, diz.

Passados dois anos, a “cantina” virou a Hanggo, que hoje tem três pontos no próprio CESAR e outros cinco espalhados em grandes empresas, vislumbrando novas parcerias e negócios. “O CESAR foi meu principal incentivador e meu primeiro cliente. Não sou mais funcionária deles, mas é importante dizer que eles estimulam o ‘intraempreendorismo’”, conta Josete, se referindo ao empreendedorismo interno.

Neurotech, Neurolake

Uma das primeiras startups do Porto Digital, fundada oficialmente em 2002, a Neurotech tem uma relação muito “visceral” com o CESAR. “Começamos em uma época quando ainda nem se falava em startup, mas em empresa de base tecnológica”, explica a community manager da Neurotech, Emídia Felipe. A plataforma da empresa, batizada de Neurolake, tem dois principais ativos: um “lago” de dados muito amplo e a tecnologia de machine learning as a service.

Emídia Felipe: parceria com a CESAR School trouxe melhorias para os dois lados | Foto: Luisi Marques/JC360

Emídia relembra que a Neurotech foi criada quando os sócios ainda estavam na faculdade, envolvidos em um desafio do cartão de crédito Hipercard e usavam redes neurais para isso. “A Neurotech é líder, ainda hoje, de inteligência artificial para as áreas de crédito, risco e seguros no Brasil e foi pioneira no uso dessa tecnologia nesses setores”, resume Emídia.

Saber disso é importante para compreender o que seis turmas da graduação da CESAR School podem fazer e fizeram sem que se possa dar detalhes dos projetos, informações estratégicas para os negócios da Neurotech. Foram seis desafios distintos, que incluem tanto a questão tecnológica quanto o entendimento de negócio. Durou um semestre letivo e foi uma experiência enriquecedora para os dois lados.

“Foi fundamental para a gente, enquanto comunidade e plataforma, progredir com várias questões. Muitos deles nunca trabalharam, e isso nos trouxe amadurecimento para também nos tornarmos mentores”. Emídia diz ainda que as vantagens de trabalhar juntamente com alunos da School é que eles trazem consigo a orientação do CESAR, além de novos olhares, inclusive sobre demandas que ainda nem existem.