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Sobram vagas em TI: qual o perfil profissional buscado pelo mercado?

Tatiana Notaro
Tatiana Notaro
Publicado em 28/01/2020 às 14:00
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Para a maioria do mercado parece uma pretensão distante, mas para o setor de Tecnologia é uma realidade: estão sobrando vagas. E como disse há alguns meses ao Blog do Enem o presidente do Porto Digital, Pierre Lucena, este é um “bom problema” a ser resolvido. Para a gerente de Gente e Gestão do CESAR, Andréa Queiroz, um “grande desafio” - porque tudo indica que a empregabilidade da área permanecerá em alta por longos anos.

“Este é um desafio de modo geral das empresas de tecnologia, não apenas aqui no CESAR. Aqui estamos sempre com vagas em aberto sem que consigamos supri-las”, comenta Andréa. E isso acontece apesar da busca contínua por profissionais que tenham o nível de conhecimento que, hoje, o mercado necessita.

“Com todos os avanços tecnológicos, com as buscas por produtos inovadores, há muita demanda por linguagens que a maioria dos profissionais ainda não domina”, esclarece a gerente. Andréa explica ainda que quanto mais especializada a posição, mais difícil conseguir quem a ocupe.

CESAR mantém setor de Gente e Gestão: foco na capacitação de mão de obra para o mercado interno e externo / Foto: StartupStockPhotos/ Pixabay

O ponto estratégico é investir em capacitação, em projetos que acelerem o desenvolvimento de pessoas: profissionais melhores em menos tempo porque, explica a gerente, se antes a maturação levava até cinco anos, hoje o mercado não consegue mais esperar.

Outra estratégia utilizada pelo CESAR enquanto organização do setor é ver o mercado de forma global e criar outras formas de contratação. Atualmente, por exemplo, o CESAR tem funcionários que trabalham em outros estados como Paraíba, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo, além da Polônia, em modelo home office. “Já no Amazonas (Manaus), Paraná (Curitiba) e São Paulo (Sorocaba) temos as nossas regionais, e Pernambuco (Recife), onde fica nossa matriz”.

A média salarial depende, mas com um mercado tão inversamente competitivo, é preciso oferecer vencimentos e benefícios convidativos para contratar e segurar um bom profissional. “Vemos que as pessoas valorizam o ambiente de trabalho saudável, que propicie uma qualidade de vida para os colaboradores. Aqui, a gente oferece diferenciais como o Programa Integração - com atividades físicas -, preocupação com sustentabilidade, frutas, vida saudável e incentivo à fluência em idiomas”, resume Andréa.

Certo, mas o que buscam essas empresas do setor de Tecnologia da Informação? Segundo Andréa, um profissional que tenha capacidade de aprender rápido, à medida em que o projeto caminha. Que não pare nunca de buscar seu próprio progresso. “Se estou trabalhando, estou aprendendo. E percebo que posso aprender outras coisas constantemente - este é o modelo mais desejado”, comenta. E, tecnicamente, onde está o gargalo? “Os profissionais ligados ao conhecimento de dados e à inteligência artificial são os mais difíceis”.