Os estudantes que trocaram o descanso usual de um domingo de manhã pela prova do SSA 3, o vestibular seriado da Universidade de Pernambuco, puderam começar a sair das salas a partir das 11h, três horas após o início da aplicação das questões. No Campus Santo Amaro da UPE, o grupo de amigos da escola Cândido Duarte estava reunido conversando sobre as perguntas de língua portuguesa, literatura, matemática, filosofia e língua estrangeira, que tiveram que responder neste primeiro dia de prova.
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Mas o assunto mais falado era o da redação, cujo tema foi "Limites e diferenças entre corpo são e o culto à beleza". E a avaliação era unânime: todos gostaram muito e conseguiram desenvolver bem o assunto. "Achei muito legal e atual, escrevi mais sobre esse lado dos padrões estéticos que a mídia impõe. É bem o que estamos vivendo, gostei bastante", avaliou Paloma de Lima, de 18 anos, que pretende cursar enfermagem ou radiologia.
Seu colega Douglas Tavares também gostou da redação, mas achou a prova de matemática mais tranquila. Apesar da aparente confiança em relação ao que foi cobrado neste domingo, o estudante que deseja estudar história ou administração está pensando na prova desta segunda (19) - principalmente na de física! "Vou fazer uma revisão rápida para me preparar melhor para as questões de física, que é onde tenho certa dificuldade, mas pretende relaxar hoje de tarde", contou.
Abstenção
Este primeiro dia de prova terminou com um abstenção de 9,54%. Este número representa cerca de 1 mil alunos de um total de 11.160 candidatos.
Abertura e fechamento dos portões
A chegada nos locais de prova na manhã deste domingo (18) foi tranquila para (quase) todo mundo. De uma maneira geral, os estudantes começaram a comparecer cedo para a prova - os portões abriram às 7h e fecharam às 8h. Mas, como é de costume, houve emoção e quase atrasados, com direito até à correria com um pé descalço e outro com chinelo na entrada da Escola Politécnica de Pernambuco (Poli), localizada no bairro da Madalena, Zona Oeste do Recife, o maior local de prova da capital pernambucana, reunindo cerca de 1.113 estudantes.
Até quem veio só teve torcida inusitada: pais e familiares de alunos que já tinha entrado nas salas incentivavam os estudantes que chegavam em cima da hora. O fera que, faltando 10 minutos para o fechamento, corria com um chinelo no pé e outro na mãe quase erra a entrada, mas conseguiu atravessar o portão da Poli a tempo com a ajuda dos que estavam do lado de fora. Na correria, deixou cair o calçado, que foi, logo em seguida, arremessado pelos pais.
Foto: Sérgio Bernardo/JC Imagem
