ENEM

"Melhor Enem de todos os tempos", avalia Weintraub, ministro do MEC

Tatiana Notaro
Tatiana Notaro
Publicado em 10/11/2019 às 20:50
Coletiva MEC - Enem 2019 - segundo dia FOTO:

Ao fim do segundo dia de provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), neste domingo (10), em todo o País, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, avaliou esta edição do Enem como a "melhor de todos os tempos". "Não há críticas técnicas sobre as provas, então o objetivo que era selecionar os melhores para ocupar as vagas nas universidades foi cumprida", disse, em coletiva de Imprensa.

Segundo o presidente Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Alexandre Lopes, as ausências no segundo dia de aplicação das provas foram de 27,19%. Cerca de 700 eliminados no Enem por diversos motivos.

Questionado por jornalistas, Weintraub confirmou que houve, neste domingo, imagens das provas circulando nas redes sociais por volta das 16h20, ou seja, antes do horário permitido para os candidatos saírem dos locais de aplicação portando os cadernos impressos. Ele reiterou que os episódios serão investigados e punidos.

 

Novamente, circularam em grupos de Whatsapp imagens das provas antes do horário determinado para saída dos candidatos com os cadernos impresso dos locais de aplicação | Foto: Filipe Jordão/JC Imagem

O ministro exaltou ainda a qualidade da prova, que prezou pelo "conteúdo, pela seleção das pessoas e não teve ideologia", disse, referindo-se às críticas do atual governo às edições anteriores do Enem. Disse ainda que assim como nesta, nas próximas edições do Enem não será mais necessário buscar informações em "manuais de esquerda ou de direita", porque a prova está livre de ideologias. "O objetivo é ter uma prova justa para todos os brasileiros. Na redação, por exemplo, você poderia escrever uma redação de direita, de esquerda, ou técnica. Isso mostra a postura republicana do governo Bolsonaro".

Vazamentos

Sobre o vazamento da prova de redação no primeiro dia do Enem, no domingo (3), Weintraub disse que duas mulheres em Fortaleza (CE) foram identificadas e que "pelo menos uma delas é a culpada". Mas questionado sobre o porquê dessa observação, o ministro se recusou a responder ao jornalista. "Vá para a pergunta relevante", disse.

"Aparentemente são militantes. Planejaram essa ação, foi pensado. Não foi piada, foi sabotagem mesmo, e a polícia vai cuidar disso. A gente tem que escangalhar a vida dessa pessoa porque o que ela fez foi terrorismo", disse o ministro.

Questionado, então, sobre o andamento das investigações e os "diálogos" do MEC com a Polícia Federal, à frente do caso, Weintraub ficou irritado e impediu o jornalista Eduardo Militão, do UOL, de fazer outras perguntas.